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Atuação do Ministério Público em recuperação judicial e falência

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) demonstrou um avanço significativo em sua mais recente sessão plenária realizada em 3 de julho de 2023, ao aprovar por unanimidade uma recomendação crucial para o efetivo papel dos membros do Ministério Público (MP) nas questões relacionadas à recuperação judicial e à falência de empresas. A Comissão de Defesa do Consumidor e Ordem Econômica (CDOC), responsável pela elaboração da recomendação, enfatizou a importância do MP na salvaguarda dos interesses dos consumidores e credores, bem como na salvaguarda da estabilidade das empresas em processo de recuperação judicial.


A abrangência da recomendação é notável, pois delineia várias frentes de atuação para o Ministério Público. Essas áreas de atuação incluem a intervenção em processos de recuperação judicial e falência, a vigilância do cumprimento das leis pertinentes, a proteção dos direitos dos consumidores e credores, além de promover a viabilidade das empresas em processo de recuperação judicial. Um aspecto crucial da recomendação é a promoção de uma abordagem integrada com diversos órgãos públicos, como o Poder Judiciário, o Ministério da Economia e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para uma abordagem holística e eficaz.


A reação ao anúncio da recomendação foi multifacetada. Membros do setor empresarial elogiaram a medida, antecipando que isso certamente contribuirá para um ambiente de negócios mais saudável no Brasil. No entanto, especialistas críticos alertaram para o risco de que a recomendação poderia potencialmente complicar os processos de recuperação judicial e falência de empresas, resultando em consequências não intencionais.


A recomendação do CNMP, embora saudada por muitos, levanta questionamentos sobre como ela será implementada na prática. Com a entrada em vigor em 90 dias, o cenário jurídico e econômico brasileiro observará atentamente o impacto dessa medida, na esperança de que a cooperação entre o Ministério Público e outros órgãos governamentais resulte em uma abordagem balanceada que promova a justiça, a estabilidade empresarial e a proteção dos direitos dos consumidores e credores.

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